Atualizado em 02/07/2018
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Atualizado em 12/02/2016
(Esta matéria foi elaborada com a colaboração de Annelise Fernandez)
A feira Orgânica/Agroecológica da Freguesia: a quem nossas escolhas beneficiam?
A Feira Orgânica/Agroecológica da Freguesia foi inaugurada em agosto de 2013.
Ela faz parte do Circuito Carioca de Feiras Orgânicas e surge como uma demanda antiga dos moradores da Freguesia à AMAF (Associação de Moradores da Freguesia).
Em 2012, a partir de contatos com a SEDES (Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico Solidário) e a Rede Carioca de Agricultura Urbana, começaram os preparativos para a feira.
Seus agricultores passaram por um curso de formação, no qual discutiram economia solidária, formação de preços, sistema participativo de garantia (certificação orgânica) e construíram o estatuto da feira.
Diferente das outras feiras do Circuito, grande parte dos seus feirantes são agricultores locais – de Vargem Grande, Taquara – e contam com a participação de agricultores da Região Metropolitana e Serrana.
Além de orgânica, a feira também se identifica com os valores da agroecologia (https://www.youtube.com/watch?v=z6xAkNPV3QI).
O que isso quer dizer? Significa que mais do que plantar sem agrotóxicos, seus agricultores e organizadores acreditam na feira como um espaço de valorização do pequeno agricultor familiar e urbano, que vende seu produto diretamente para o consumidor, que entende que o mercado não é apenas para gerar lucro, mas sim para permitir que o(a) agricultor(a) possa continuar sendo agricultor(a) ou vivendo da sua terra.
Pense nisso. Quem você empodera quando compra seus alimentos?
Feira Orgânica/Agroecológica da Freguesia
Feiras orgânicas/agroécologicas e cidades sustentáveis
Como construir uma cidade sustentável?
Um dos caminhos é a produção de alimentos locais, diminuindo os custos econômicos, ambientais e sociais do transporte de alimentos, que vindos de lugares distantes, exigem uma logística poderosa (estradas, caminhões, produção em grande escala) e a produção de muitas externalidades (gasto de combustíveis fósseis, lixo, desperdício de alimentos, poluição, desigualdade social).
Uma cidade sustentável é uma cidade para todos e que valoriza a economia local. Tem diversidade de serviços, tem áreas agrícolas, quintais produtivos, espaços de conservação da natureza, roteiros sustentáveis de turismo.
As feiras agroecólogicas encurtam o caminho entre campo e cidade. A agricultura na cidade ou próxima da cidade incentiva cidades menos adensadas, mais respiráveis e socialmente mais justas.
Como fazer frente ao poder da especulação imobiliária?
O mercado de alimentos pode ter um papel importante nesta história. Ao comprar alimentos locais estamos incentivando a construção de cidades mais sustentáveis.
Morador de Jacarepaguá, apóie a Feira Orgânica/Agroecológica da Freguesia!
A Feira Agroecológica da Freguesia e o Sertão Carioca
A zona oeste do Rio de Janeiro era chamada de zona rural da cidade ou Sertão Carioca.
Sua paisagem e tipos humanos: o bananeiro, o pescador, o tamanqueiro, as esteireiras, o vendedor de porta em porta, etc, foram retratados na obra “O Sertão Carioca” de 1933, escrita por Armando Magalhães Corrêa.
Com os novos usos da cidade e um processo intenso de especulação imobiliária, a atividade agrícola foi invisibilizada, mas ela ainda existe e sua manutenção hoje é um importante patrimônio da cidade do Rio de Janeiro.
Nas localidades do Rio da Prata (Campo Grande), Pau da Fome (Taquara), Vargem Grande), Guaratiba, Mendanha, ela é mantida e seus produtores têm se convertido à produção orgânica/agroecológica e se tornaram muito importantes na conservação do Parque Estadual da Pedra Branca e do Mendanha.
Conheça e valorize esta importante paisagem cultural da cidade do Rio de Janeiro(https://vimeo.com/55602335).
Para começar, visite as feiras onde seus agricultores vendem seus produtos:
-Feira Orgânica/Agroecológica da Freguesia,
-Feira Agroecológica de Campo Grande,
-Feira Orgânica do Rio da Prata).
Feira Orgânica/Agroecológica da Freguesia
Alimentação orgânica e mudança de hábitos
Muitos dos nossos alimentos e hábitos alimentares têm sido impostos pelo mercado, pelos grandes grupos econômicos que controlam a cadeia de produção de alimentos no mundo.
Queremos assim consumir tomate e alface o ano todo, comprar em mercados abertos 24h, queremos alimentos de aparência perfeita, prontos para consumir, em muitas embalagens plásticas e de isopor.
Estamos acostumados a não pensar sobre as consequências desses hábitos e não sabemos de onde vem nossos alimentos.
Muitos alimentos que consumimos em nossa infância, dos quintais da família, do mercadinho local ou do verdureiro desapareceram de nossos pratos.
Segundo a autora do livro Agrobiodiversidade e o Direito dos Agricultores, Juliana Santilli: 85% do alimento consumido no mundo provém, direta ou indiretamente, de apenas 20 tipos de plantas e dois terços de apenas quatro carboidratos: milho, trigo, arroz e batata.
Esta padronização alimentar traz riscos para a segurança alimentar e graves impactos socioambientais – pela necessidade de produção em grande escala, pelas monoculturas e consequente necessidade do uso de agrotóxicos, pelo gasto de combustível fóssil para seu transporte, pelas condições insalubres e de exploração a que são submetidos os agricultores.
Buscar uma alimentação sem veneno e que respeita o equilíbrio ambiental implica em acompanhar e saber qual a “época” de produção dos alimentos e variar o consumo de acordo com esses ciclos, significa resgatar hábitos alimentares antigos de nossa cultura e estar disposto a conhecer novos alimentos e dar preferência a alimentos locais.
Publicado em 03/02/2016
Atenção: No sábado 06/02 excepcionalmente não funcionará por causa do Carnaval.
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